Desde que tomei contato pela primeira vez com o que acontece no Oriente Médio e especialmente na interface bélica entre Israel e árabes da palestina ou do Líbano que me impressionei com o fato da destruição de casas dos árabes por Israel. Hilary Clinton também já notou isso e se pronunciou: "Israel demolir casas de palestinos é inútil".
Israel pretende ser o único país moderno e democrático do Oriente Médio. A civilização islâmica, para Israel é coisa de bárbaros. O discurso de Israel cada vez mais se revela como conversa mole para goy dormir. Um estado moderno e democrático tem que necessariamente ser laico. Israel é um "estado judeu". Theodor Herzl o criador do sionismo era um judeu materialista. Logo Israel ou é um "estado teocrático"; ou, se levou em consideração os judeus de um ponto de vista materialista, é um "estado racista". A ONU já aprovou uma Resolução apontando o sionismo como uma forma de racismo.
Mas fazendo abstração para o fato de ser um estado racista ou teocrático, e voltando para o tema deste post; Existe algum estado realmente moderno, algum país civilizado em que exista essa pena que Israel inflige a seu bel prazer aos palestinos de destruir suas casas?
Aqui no Brasil,em 1789, quando a gente ainda era uma colônia de Portugal, surgiu um movimento subversivo denominado Inconfidência Mineira que pretendia que o Brasil fosse um país independente. Portugal conseguiu abortar esse movimento e seu líder o Tiradentes foi enforcado e TEVE SUA CASA DESTRUÍDA e a terra do quintal e do jardim salgada "para que ali não brotasse nem capim". Resumindo: Israel é tão "moderno" quanto a Coroa portuguesa do século XVIII.
Na verdade a fixação demolidora faz parte dos princípios do sionismo. Ben Gurion em carta a seu filho datada de 1937 foi franco:
“Nós expulsaremos os árabes e tomaremos suas terras. Em cada ataque um golpe decisivo deve ser dado resultando na destruição de casas e na expulsão da população”.
Ben Gurion disse isso quando Hitler estava no auge do poder e Israel era ainda um sonho do sionismo. Dezesseis anos depois, exatamente em 1953 por ocasião do primeiro massacre de Qibya, Ariel Sharon ordenou pessoalmente a seus homens: "Quero o máximo de mortes e danos materiais" (maximal killing and damage to propety).
Agora em 2014 com o terceiro massacre de Gaza comandado por Benjamin Netanyahu, discípulo conspícuo de Ariel Sharon, Israel dá vazão à sua fixação (anal?) pela destruição de casas de palestinos.
Nos territórios ocupados Israel demole casas e depois dificulta ao máximo a aquisição de materiais de construção e nega alvarás "de construção"
Organizações de direitos humanos e as Nações Unidas criticam as demolições dos lares dos palestinos como sendo o que são: uma violação do direito internacional. E consideram que o governo de Israel na verdade utiliza as demolições como forma de punição coletiva e meio de confiscar terras viabilizando a expansão dos assentamentos judaicos.
Diante da sistemática demolição da infraestrutura urbana (e rural) palestina Maxwell Gaylard, Coordenador Humanitário das Nações Unidas para o Processo de Paz no Oriente Médio, declarou: "Israel tem a responsabilidade fundamental de proteger a população civil palestina sob seu controle e garantir seu bem-estar e dignidade".
Segundo o relatório "Demolições e Deslocamento Forçado na Cisjordânia Ocupada", 622 estruturas foram demolidas apenas em 2011. Incluindo casas, abrigos de animais, escolas, hospitais, e mesquitas. Mais de 60% dessas demolições deram lugar a assentamentos judaicos".
Agora mesmo o mundo todo assistiu a fantástica destruição que as Forças Armadas de Israel atacando a Faixa de Gaza (do tamanho da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro) por terra, mar e ar ocasionaram. E Benjamin Netanyahu não quer permitir a entrada de material de construção alegando que o Hamas vai usar para construir túneis.
Convido o leitor para refletir sobre tudo isso.
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
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