quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O SUS COMO REFÉM DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

O SUS COMO REFÉM DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

A indústria farmacêutica, herdeira do IG Farben, já descobriu como manter toda a humanidade na condição de doente e escrava do uso de medicamentos. Inventou também uma pérola de mercado que é o "medicamento de alto custo". Uma drágea de um medicamento desse tipo, baseado em biotecnologia, pode custar até 50 mil reais. O pobre SUS não tem como pagar um absurdo desses, mas os doentes, especialmente o pessoal de classe média apela para advogados de porta de farmácia, especializados em processar o SUS para que pague por esses medicamentos. E os juízes mandam o SUS pagar porque está escrito na Constituição que saúde é um direito de todos e obrigação do Estado.
Resultado, o SUS paga esses remédios caros que são utilizados por 2% dos doentes. Para tanto gasta 40% da verba de que dispõe. Para os outros 98% dos doentes restam 60% da verba. Isso é uma distorção. E se dependesse do PSDB a coisa iria piorar. Esse partido enviou uma emenda à PEC do Orçamento Impositivo para obrigar o SUS aumentar o investimento na Saúde de 64 para 128 bilhões. Por sorte o governo conseguiu boicotar essa manobra que iria dar força ao trem da alegria da farra de medicamentos que assola o país.

Parece que já foi aprovado testes para detecção do vírus de hepatite C, doença para a qual já existe o medicamento interferon (medicamento de alto custo). A detecção desse vírus exige "exames de alta complexidade", (exames caros). Quanto ao vírus da hepatite C, a gente convive com ele assim como convivemos com o vírus da herpes. A longo prazo ele "pode" dar problemas. Mas o escândalo não se resume a obrigar o SUS a pagar essa farra de produtos "de alto custo". O vírus da hepatite C é transmitido principalmente por quem fez transfusão de sangue e por quem compartilha seringas de injeção, ou seja drogados, e também em BEM MENOR escala por comportamento sexual promíscuo. Ou seja um caso de doença de grupo de risco, mas o lobby da indústria farmacêutica conseguiu fazer com que o governo trata-se toda a população como um imenso grupo de risco de drogados e devassos sexuais.
Não vi ninguém protestar. E aí doutores onde estão os senhores?
Tenho pra mim que ninguém fala nada porque fica parecendo que a gente é contra a medicação da sociedade. Medicar racionalmente é uma coisa, "medicalização" desenhada para sangrar o SUS pelo capitalismo selvagem farmacêutico é outra. Antes da massificação dos testes que detectam o vírus as autoridades de saúde deveriam cuidar da higiene nas transfusões de sangue, ou seja, adotar medidas de natureza sanitária. O mais certo ainda seria retirar o açúcar da comida, o flúor da água e colocar os meninos na escola (de turno integral). No futuro demandaríamos menos médicos e policiais; menos hospitais e presídios. Mas esta medida de natureza utópica, diante da cordilheira de negócios que se sustentam da doença da população, parece que jamais será adotada.

2 comentários:

Fernando Carvalho disse...

A IMORALIDADE CHAMADA MEGA-SENA

A Caixa Econômica Federal explora os seguintes jogos: Mega-sena, Lotogol, Timemania, Loteca, Lotofácil, Quina, Dupla sena, Lotomania, várias Raspadinhas, a Loteria Federal Tem ainda os jogos das loterias estaduais como a Loterj do Rio de Janeiro. Isso tudo constitui uma INDÚSTRIA DO JOGO DE AZAR. Uma indústria imoral levada adiante pelo Governo Federal (com rima e tudo). Uma covardia empreendida contra o povo brasileiro. Não tenho os dados das consequências da mega-sena, mas o economista Roberto Macedo diz que se o Bingo for legalizado (os abutres estão tentando legalizar, já foi aprovado na CCJC) a renda desviada para o Bingo pelos 50 mil viciados nesse jogo implicará na perda de 320 mil empregos em outra áreas. Minha pergunta é e esse desvio de renda promovido pelo diversos jogos de azar federal e estaduais? Ainda segundo Macedo a prática dos Bingos faria o índice Gini (que mede a concentração de renda no país) subir de 0,55 para 0,58. Isso por conta das dezenas de milhares de viciados em Bingo. Imagine a concentração de renda promovida pelos governos federal e estaduais com seu SISTEMA DE JOGOS DE AZAR? que é usado por mais de CEM MILHÕES DE BRASILEIROS. Agora mesmo a Mega-Sena da virada passou o rodo nas economias do sofrido povo brasileiro e depositou na conta de sabe-se lá quem. A CAIXA não faz nenhum esforço para demonstrar que não existe corrupção pura e simples ou lavagem de dinheiro nesse jogo quando ocorre tamanha concentração de dinheiro. Denúncias na internet é o que não falta.
Além de ser um sistema concentrador de renda no país que já é um campeão nessa matéria e consequentemente, a meu ver, campeão de todo tipo de violência. Os jogos de azar ajudam a iludir toda a população, faz aumentar a incidência da síndrome dos viciados em jogos (a ludopatia).
A probabilidade matemática de um apostador da Mega-Sena acumulada acertar é de 1 contra 50 milhões. Vejam a diferença comparando com o jogo do Bicho onde pode ser de 1 contra 10 na dezena, 1 contra 100 na centena e 1 contra mil no milhar. O jogo do bicho é um jogo onde o povo aposta pouco e ganha pouco, mas ocorre que o povo vive com pouco dinheiro mesmo. E é por isso que esse jogo não se acaba apesar da repressão contra ele.
A CAIXA poderia fazer uma modificação no regulamento e promover uma maior distribuição na Mega-Sena acumulada desviando parte do prêmio para os acertadores da quadra e terno. Mas não faz, o que alimenta as suspeitas de maracutáia no que já é em si uma INDÚSTRIA DE JOGO DE AZAR.

Fernando Carvalho disse...

COMENTÁRIO À FALA DE BEÓCIO NEVES (o sobrinho de Tancredo)

Esse post vale como uma declaração de voto (VOTAREI EM DILMA). Sou assinante do boletim do Gilvan do PPS. Mas para se fazer um comentário lá é a maior dificuldade. Então comento aqui o texto que li lá de autoria de Aécio Neves. Segundo Beócio Neves o Brasil se vangloria de pleno emprego de mão de obra desqualificada (e emprego informal, por supuesto). Segundo ele, Dilma fechou mais de UM MILHÃO de postos de trabalho em razão do sucateamento de nosso parque industrial. Ocorre que quem sucateou nosso parque industrial não foi Dilma e sim FHC que devia ganhar o troféu de COVEIRO DA INDÚSTRIA BRASILEIRA, a começar pela indústria farmacêutica.
E continua Beócio Neves: "É preciso investir em qualificação". Ou seja o Brasil deve investir dinheiro para formar técnicos para trabalhar para a indústria estrangeira. Confere doutor?
Beócio Neves quer MAIS PRESÍDIOS E PENAS MAIS DURAS. Euzinho investiria em alimentação (proibiria o açúcar na comida e flúor na água) e educação (tornaria obrigatória a educação em turno integral para as crianças). No futuro teríamos menos doentes e menos bandidos; e menor demanda por médicos e hospitais, e policiais e presídios.
Beócio Neves está aquém dos próprios bandidos que DECAPITAM seus colegas. Quer "pena mais dura" que essa, Beócio?
Segundo Beócio Neves o governo Dilma gastou menos de 10% do Fundo Penitenciário para a construção de presídios. Se Dilma fez isso para poder gastar mais com educação ela está certa; se fez para investir tudo na reta final da reeleição ela está errada. Mas se ela fez isso foi por causa de um "estupro" de uma tradição republicana que proibia a reeleição perpetrado por FHC que para tanto COMPROU VOTOS para uma causa casuística (FHC é o precursor da lógica do "mensalão" -compra de apoio parlamentar). Tenho dito!
Beócio Neves afirma que FHC controlava a inflação e que LULA/DILMA realizam uma má condução da economia, "perderam o controle da inflação" (coitada da Dilma), oferecem pouca transparência fiscal e "curtem" uma perda de identidade "junto a investidores". Beócio Neves quer que "O governo tome medidas". Que medidas Tancredinho? Elevar ainda mais a taxa Selic? Para bamburrar dinheiro do sofrido povo brasileiro no bolso dos AGIOTAS DO PAÍS, os banqueiros "laranjas" nacionais e os velhos banqueiros herdeiros dos Rockefellers e Rotschilds?