quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O CUSTO DO BIG BROTHER E O QUE O BRASIL QUER SER
  Cada vez mais as cidades são monitoradas por câmeras. Nos espaços privados geralmente a gente lê o cínico “Sorria você está sendo filmado” quando o mais honesto seria “Sory, você está sendo filmado”. O pretexto para se instalar câmeras em todas as ruas é para filmar os criminosos em geral, e assaltantes de banco em particular (os banqueiros são a vanguarda da classe dominante). Vi no Bom dia Brasil de hoje, 15/08/13, que o custo de uma sistema desses é de três milhões (não informou o custo de manutenção). Temos em nosso país 5000 municípios que multiplicados por 3 milhões dão 15 bilhões.
   Com tanta câmera funcionando (e especialmente os grampos telefônicos) a polícia tem enviado mais gente para as cadeias. Acontece que graças aos telefones celulares, os presídios viraram escritório dos chefes de quadrilhas que dão ordens a seus comparsas que estão em liberdade. Daí a necessidade de se instalar nos presídios equipamentos para impedir essa comunicação entre os bandidos presos e os soltos. Esse equipamento bloqueador de celulares é de fabricação israelense e deve custar alguns milhões. Multiplicando pelo número de presídios de todo o país dá alguns bilhões.

Fernando Henrique Cardoso acha que o Brasil não precisa se preocupar com um “Projeto de Nação”. Sem um projeto que se preocupe com o desenho que o país está tomando, o país fica refém e à mercê, do capital (o dinheiro que o Papa disse que está sendo endeusado). E o projeto que o capital tem para o nosso país E QUE ESTÁ SENDO IMPLEMENTADO é transformar o Brasil numa FÁBRICA DE DOENTES E DE BANDIDOS. Daí tanta necessidade de hospitais e presídios; médicos e policiais. E o capitalismo vai faturar com venda de venenos (ditos remédios) pagos pelo SUS, e câmeras para vigiar as ruas e presídios. Mas se FHC se revelou um sociólogo vendido ao capital, felizmente temos gente pensando, levando em conta os interesses do povo brasileiro, caso de Luiz Gonzaga de SOUZA LIMA. Segundo esse GONZAGÃO da nossa ciência social, “o povo esbarrou nos limites da formação social para os negócios, nos limites da ‘Empresa Brasi’l”. Ultrapassou esses limites e TOMOU AS RUAS. O povo quer ser sociedade, comunidade e não “empresa”, quer outras prioridades sociais, outra forma de ser Brasil. Uma REFUNDAÇÃO do país está em movimento. Souza Lima é autor de um livro sobre isso procurem pelo google por favor.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

BRASIL NUNCA MAIS DIGITAL

O projeto "Brasil: Nunca Mais" – BNM foi desenvolvido pelo Conselho Mundial de Igrejas e pela Arquidiocese de São Paulo. A iniciativa teve três principais objetivos: evitar que os processos judiciais por crimes políticos fossem destruídos com o fim da DITADURA MILITAR e obter informações sobre torturas praticadas pela repressão política verde oliva e que sua divulgação cumprisse um papel educativo junto à sociedade brasileira.
  A partir do exame de cerca de 900 mil páginas de processos judiciais movidos contra presos políticos, foram publicados relatórios e um livro de igual nome (BRASIL NUNCA MAIS, Editora Vozes), retratando as TORTURAS e outras graves violações a direitos humanos praticados durante a DITADURA MILITAR. As informações foram obtidas a partir dos depoimentos prestados pelos réus no âmbito dos tribunais militares. Essa, aliás, foi uma feliz iniciativa do BRASIL NUNCA MAIS: o uso de documentos oficiais do próprio Estado para comprovar a prática reiterada e institucionalizada da TORTURA como ferramenta de repressão por parte da DITADURA MILITAR.
Assim, em 15 de julho de 1985, quatro meses após a retomada do regime civil, foi lançado o livro “Brasil: Nunca Mais” com o objetivo de reconstituir parte da história das violações dos direitos humanos durante o regime militar. No campo político, impulsionou a ratificação pelo Brasil da "Convenção das Nações Unidas contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes" e influenciou os trabalhos da Assembleia Nacional Constituinte que promulgou a Constituição de 1988, sobretudo quando esta define a tortura como crime inafiançável e insuscetível de anistia.
Dom Paulo decidiu doar toda a documentação do projeto, a fim de torná-la pública. O conteúdo foi oferecido, inicialmente, à Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e à Universidade de São Paulo (USP), as quais declinaram do convite. Ofertado, então, à Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a instituição aceitou a documentação, com a ressalva de disponibilizar publicamente o material que fora preservado pelo Latin American Microform Project, do Center for Research Libraries.

BRASIL NUNCA MAIS DIGITAL 

Com o projeto "Brasil Nunca Mais Digital" esse acervo retornou ao país, estando totalmente acessível através da internet. 
A repatriação dos arquivos do BNM fortalece nossa democracia e contribui para a concretização dos direitos à verdade, à memória e à justiça, especialmente no momento em que o País passa a limpo sua história com o funcionamento da COMISSÃO NACIONAL da VERDADE. 

UM PROCESSO PEDAGÓGICO PERMANENTE 

Projeto Educativo
Com a publicação do site "Brasil Nunca Mais Digital", internautas poderão trocar experiências com esse passado negro para, como disse Paulo Evaristo Arns: "que não se esqueça e nunca mais aconteça".
Esperamos que com o início das atividades novos arquivos sejam descobertos e agregados ao site, uma vez que a construção do "Brasil Nunca Mais" é uma obra em aberto.
Seja bem vindo!
LINK: http://bnmdigital.mpf.mp.br/#!/o-que-e-o-bnm

sábado, 20 de julho de 2013

O JUDAS CARIOCA


"Não devia escrever sobre Sergio Cabral"
                          Fernando Gabeira 


           Eu gostava mesmo era do Sergio Cabral, o pai, que escrevia no Pasquim, o intelectual que conhecia muito de música popular brasileira. Seu filho, ao contrário, parece ter um cérebro de toucinho (tanto que atraiu uma bactéria suína). Sergio Cabral, o pai, se elegeu vereador. Mais adiante conseguiu uma sinecura e saiu de cena. Pagava pra ver a cara dele vendo seu filho sob pressão da massa por ser o corrupto que é.
Sergio Cabral, filho, pegou uma carona na fama do pai e se elegeu. Enquanto fazia campanha vendeu a imagem de ser um político que defendia os velhinhos. Mas depois consolidou sua carreira como um político brasileiro clássico como Ademar de Barros ou Paulo Maluf. Esses tipo de político quando não são oriundos de famílias de ricos, entram na política com uma mão na frente e outra atrás e deixam a vida pública como "milionários", isso quando a taxa de corrupção era mais baixa, hoje com essa taxa começando com 30% e o volume dos negócios, eles quando voltam para a vida privada é na condição de "bilionários", mesmo.
Hoje quando se fala em Sérgio Cabral todo mundo lembra a farra parisiense dos guardanapos brancos na cabeça, dos sapatos de mais de dez mil reais das mulheres e das relações perigosas com Fernandinho CavenDelta. E se prestar mais atenção e puxar o fio de Ariadne vai parar na super-hiper-mega quadrilha do Carlinhos Cachoeira.
Vou concluir sugerindo uma saída honrosa para Serginho. Mas é preciso muita hombridade. RENUNCIE Sergio Cabral Filho!
E deixe instruções para que seu querido vice, o Pezão, faça um bom governo. Pode ser que você consiga repetir o que aconteceu com Collor cujo vice, Itamar Franco, saiu com a popularidade tão em alta que fez seu sucessor, FHC para o bem ou para o mal.
Se não quiser dar uma de João Goulart, resta o caminho do Bashar Al Assad e apostar na repressão. É um caminho perigoso porque violência gera violência.
Quando a reputação de Sergio Cabral, o pai, ainda estava no inconsciente coletivo, Serginho se apresentava como Sergio Cabral Filho. Hoje está tão famoso e seu pai tão esquecido que quando alguém grita FORA CABRAL. Todo mundo sabe quem é.

sábado, 6 de julho de 2013

Ecos do movimento Muda Brasil

ECOS DO MOVIMENTO MUDA BRASIL
1) O pano de fundo. A eterna desigualdade brasileira que vem dos tempos coloniais. O Brasil sempre foi um país rico para os ricos e miserável para os pobres. Desde que nasceu o Brasil sempre foi uma "colônia de banqueiros". E continua sendo.
2) A dolorosa. Até agora não li nada a respeito do prejuízo causado pelas depredações de parte dos manifestantes, pelas paralisações do trânsito em rodovias. Apenas um Shopping Center da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, reclamou de prejuízo de mais de um milhão de reais apenas por causa de uma dessas manifestações pequenas que impediram o trânsito seguido da ação dos vândalos. Se considerarmos todo o país e todas as manifestações, todos os quebra-quebras creio que a cifra será qualquer coisa na casa de muitos bilhões de reais;
3) Vinte centavos? Hoje a Ana Maria Braga mostrou uma trabalhadora autônoma que vende docinhos. E com ajuda de um contador foi mostrado que ela vendendo cada brigadeiro por 2 reais estava trabalhando no vermelho.
Depois da intervenção do contador ficou acertado que ao preço do brigadeiro seria acrescentado 20 centavos para que a mulher tivesse lucro. Será que uma matéria dessa natureza é gratuita? Alguma indireta?

4) Balas de borracha. Tiro de bala de borracha no olho de uma pessoa eu já tinha visto isso nos conflitos da Intifada. Tiros dados por soldados israelenses acertavam o olho de menino palestino. Vimos isso durante as manifestações que ainda estão aí, a jornalista Giuliana Vallone levou tiro no olho e seu colega, Fabio Braga, tiros no rosto e na virilha (o policial deve ter feito pontaria no sexo do rapaz). Gás lacrimogênio já foi classificado como arma de guerra química, no caso brasileiro matou uma senhora no Pará que nem fazia parte das manifestações. As balas de borracha no olho podem cegar uma pessoa. Está na hora dessas práticas serem questionadas. A própria “militarização” da polícia também está sendo questionada.
5) Algo contra a imprensa? Vários carros da imprensa foram atacados pelos manifestantes em vários estados. Cheguei a pensar se havia algum recado nisso, mas pode ser uma vingança dos próprios vândalos contra aqueles que por função de ofício estão ali para registrar imagens que irão ajudar a polícia a localizá-los. Em todo caso o movimento “Circuito fora do eixo”, dos NINJAS (Narrativas Independentes Jornalismo e Ação) e da POSTV se propõe a ser a “mídia do futuro” baseada em honestidade e ética e livre de condicionamentos comerciais ou políticos.
6) Passeatas pacíficas. Desde cedo ficou claro que os baderneiros não eram presença obrigatória nas manifestações e sim corpos estranhos. Muitas passeatas deram-se em clima de paz, sem quebra-quebra nem incêndios.
7) Passeatas pacíficas inclusive dos pobres. Foi o caso da passeata histórica em que moradores das comunidades da Rocinha e do Vidigal se encontraram na Avenida Niemeyer e se dirigiram à residência de Sérgio Cabral, o governador do Rio de Janeiro. Enquanto o soldado israelense Gilad Shalit esteve seqüestrado pelo Hamas, a família do soldado ficou acampada na frente da residência de Ariel Sharon até que o governo de Israel aceitou trocar o soldado por mil prisioneiros palestinos mantidos nas prisões de Israel. Sergio Cabral usou a polícia militar para retirar os jovens que ficaram acampados na frente do prédio onde ele mora no bairro do Leblon. Cabral se revela menos tolerante que Sharon.

 8) Perigo de golpe militar afastado. Diante de tanta gente nas ruas e das cenas de destruição de patrimônio público e privado, a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro por pouco não virou um Reichstag incendiado. O fantasma de uma reação dos militares estava bruxuleando. O secretário de segurança do Rio de Janeiro, Beltrame, chegou a falar em pedir ajuda às Forças Armadas. Wanderley Guilherme chegou a falar em “cerco reacionário nacional e internacional” (uma questão de “segurança nacional” pois não?). Olavo de Carvalho de uma ótica paranóica anticomunista atribuiu tudo ao Foro de São Paulo em aliança com George Soros. Apesar de ininteligível para nós, para ele uma revolução comunista latino-americana está em andamento. Mas como disse uma vez o general Figueiredo o Brasil é uma mesa muito pesada para ser "virada" à toa. O que está havendo no país é um fato novo enigmático que terá uma solução democrática. As instituições democráticas se abrirão para as massas ou serão rasgadas por elas.
9) O gênio da lâmpada. Os meninos do Movimento Passe Livre (MPL) por um golpe de sorte e não um acerto de análise de conjuntura baseada em conhecimento de psicologia social ou de guerra psicológica, acertaram com uma palavra de ordem que atuou como um palito de fósforo aceso num palheiro. Eles não esperavam pela proporção que o incêndio tomaria. E assustados recuaram. A massa estudantil com a adesão do povo segurou a “tocha olímpica da democracia” e continuou.
10) Violência gera violência. As primeiras manifestações foram violentamente reprimidas pela PM. Se o objetivo era esmagar um movimento que talvez viesse a prejudicar a realização da Copa das Confederações, o tiro saiu pela culatra, o movimento aumentou de volume e passou a contar com o apoio da população. Paradoxalmente a repressão deu força às manifestações.
11) Oscar Niemeyer. Sempre pensei nisso. Niemeyer era arquiteto, mas antes disso era um comunista sincero. Tenho pra mim que ele quando desenhou Brasília pensou em uma revolução social, e fez tudo para facilitar o acesso das massas ao interior dos edifícios e até ao teto. Espelhos d’água até a altura dos joelhos, enormes rampas para o acesso das massas e vidros em vez de paredes. Fernando Collor, percebeu isso e qual Luiz XVI anacrônico, não pensou em aprofundar os espelhos d’água e colocar dentro jacarés? A Brasília de Niemeyer é uma anti-Bastilha, é um convite para o assédio das massas ao poder.
12) Executivo, Legislativo e Judiciário. Segundo Luiz Eduardo Soares o Executivo está prestigiado, o Legislativo desprestigiado. O Judiciário é respingado quando se pensa em impunidade.
13) Viva Dilma. Dilma, o Partido dos Trabalhadores e Lula têm sido vítimas de uma sórdida campanha de “fritura” pela Internet. Mas Dilma foi bastante ousada quando respondeu ao movimento Muda Brasil e propôs: a) Um Plano de Mobilidade Urbana; b) 100% da renda do petróleo para a educação; c) Importar milhares de médicos; d) Oxigenar o velho sistema político; e) Tornar as instituições mais transparentes; f) Tornar as instituições mais permeáveis; g) Tornar as instituições mais resistentes aos malfeitos; h) Reforma política democrática; i) Controle dos deputados pelos cidadãos; j) Combate à corrupção; k) Ampliação da Lei de acesso à informação para todos os poderes e instâncias federativas. Podemos criticá-la por ter proposto essas coisas "reagindo" à pressão das massas nas ruas, "fugindo para a frente". Mas todo esse alfabeto de propostas apontam numa única direção MAIS DEMOCRACIA. Chamo a atenção para a proposta de plebiscito sobre a reforma política que levaria a um aumento da  conscientização do povo para a questão, daí o alvoroço dos que temem a conscientização das massas.
14) Das reivindicações. Partindo do protesto contra o aumento das passagens de ônibus, a pauta das ruas foi aumentando: a) Não à PEC 37 que queria manietar o Ministério Público; b) Renan fora da presidência do Senado; c) Investigação dos gastos da Copa das Confederações; d) Lei que torna a corrupção crime hediondo; e) Fim do foro especial para os políticos; f) Reforma política; g) Melhorar o sistema de saúde; h) Melhorar a educação com dinheiro do petróleo ou 10% do PIB; i) Tarifa zero para todos (objetivo maximalista do MPL). A reivindicação básica foi do Passe Livre a qual por um processo contagioso inflamou toda a população. O fato é que a pauta das ruas é um conjunto de sinais que precisam ser interpretados pela classe política (enquanto os mecanismos de participação das massas no sistema político não são criados) posto que são caóticos e intuitivos. Por exemplo quanto a “reforma do sistema político” será que o povo que foi às ruas sabe o que é voto distrital? distrital misto? Representação proporcional? O que significa financiamento público de campanhas eleitorais? A reividicação das ruas é algo bem ao gosto do povo brasileiro: “Queremos tudo de bom: melhor educação, saúde, transporte, etc”. Sem esquecer que setores estranhos como a velha direita tentou emplacar reivindicações absurdas como uma "greve geral" para o dia primeiro de julho convocada com três dias de antecedência, quando se sabe que o movimento real dos trabalhadores (todas as centrais sindicais e mais de 70 movimentos populares) aprovaram movimentação visando uma greve geral para o dia onze de julho.
15) Das multidões. As multidões humanas parecem que têm vida, são um ser que pensa e reage. Isso fica claro quando vemos plateias de shows de rock sacudindo os braços, ou a “ola” nas arquibancadas de estádios de futebol. Nesse momento deve funcionar uma sensação de pertencimento, de prazer na ação coletiva, de completude, de superação da angustia fundamental do ser humano “dividido”, “incompleto”. Parece mesmo que o povo brasileiro “acordou”. O exemplo máximo se deu na final da Copa das Confederações no jogo entre o Brasil e a Espanha quando o locutor pediu que o hino fosse encerrado atendendo ao protocolo, mas o coro de 70 mil vozes no Maracanã continuou cantando o hino nacional com toda a força de seus pulmões e corações. “Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor” diz tudo.

16) Quebra-quebra. Hoje no programa Esquenta da Regina Casé estava presente o professor Roberto Mangabeira Unger: Pilatos no Credo? Em determinada altura o professor convida o povo brasileiro a "Botar pra quebrar". Rss. Mais do que já está botando professor?
17) Comando azul. Do jeito que do lado da passeata haviam aqueles que se aproveitavam da concentração de gente para objetivos outros como depredar, incendiar, arrombar e saquear lojas, etc. Do lado da PM teve quem denunciasse que viu soldado da PM quebrando vidro do próprio carro da polícia para jogar a culpa nos manifestantes e uma joalheria ter sido arrombada por PMs. Soldados também aproveitaram a carta branca para reprimir e jogaram bombas de gás nos frequentadores normais da Lapa, local muito distante do teatro de guerra das manifestações.
18) Grupelhos de direita foram à rua com o objetivo de hostilizar o pessoal da esquerda (PT, PSTU, PCB, Sindicalistas, etc,) e tentar instigar os manifestantes contra os "vermelhos". Foram bem sucedidos em alguma medida e depois alardearam que o povo está contra a esquerda. É bem verdade que aquela massa não se sente representada pelo atual sistema politico partidário, mas o "antipartidarismo" foi provocado.
19)Do lado da baderna, dos depredadores, dos pescadores de águas turvas tinha figuras para todo tipo de gosto:
a) anarquistas com o objetivo de criar o caos;
b) grupelhos de direita com o objetivo de agredir a esquerda e instigar populares contra essas organizações (PSTU,PSOL, PCB, Sindicatos etc.);
c) bandidos comuns, desses que praticam arrastões com o objetivo de saquear lojas;
d) traficantes deslocados dos morros pela pacificação promovida pela PM com o objetivo de atacar os PMs;
e) jovens iracundos como um estudante de arquitetura que se empolgam e saem destruindo as coisas;
f) grupos de provocadores pagos quem sabe pelos donos de empresas de ônibus ou de partidos de direita com o objetivo de denegrir a imagem do movimento, ou provocar o endurecimento da repressão.
20) Intelectuais da direita , vendo o povo nas ruas e sem entender nada preferiram insistir em sua concepção reducionista e simplista de que o movimento é conduzido pelo PT (Foro de São Paulo) com objetivo de aplicar um golpe de estado revolucionário;
21) A esquerda cooptada pelo governo também não entendeu nada. Luiz Werneck Viana disse que a UNE assistiu a tudo de camarote e olhando de binóculos;
22) O Anonymous. A imagem presente em todas as manifestações da máscara do Anonymous diz da natureza internética do movimento. De sua horizontalidade organizacional (desligado das instâncias institucionais da democracia representativa) e planetariedade; do seu parentesco com o Occupy Wall Street, os Indignados da Espanha e outros. Mesmo que os contextos sejam diferentes refiro-me à forma de ação.
23) O objeto.Todas as marchas sempre se dirigiam para as sedes dos poderes constituídos: sedes de prefeituras e casas legislativas. O que demonstra que o movimento apesar de descolado da vida pública, dos mecanismos de participação democrática é de lá que espera que saia alguma coisa. Trata-se então de um grande movimento de pressão da sociedade sobre as autoridades;
24) A fúria dos vândalos também se concentrava nas prefeituras e no legislativo. Nesse movimento entravam tanto os humilhados e ofendidos pelo capitalismo brasileiro quanto os mercenários a serviço de objetivos escusos;
25) O quebra-quebra. Com certeza foi o quebra-quebra, bastante destacado pela mídia, que fez as autoridades constituídas (prefeitos, governadores e parlamento) contrairem ao máximo os esfincteres e voltar atrás com os aumentos e acelerar a legislação. Lula e Dilma pressionaram o prefeito Fernando Haddad. Eduardo Paes quando telefonou para Haddad declarou "Eu não aguento mais". O secretário de segurança do Rio de Janeiro, Beltrame, ameaçou com as Forças Armadas. Teve autoridade que pensou em retirar o facebook do ar;
26) O preço das passagens foi apenas o estopim, a gota d'água que fez transbordar o pote das mágoas acumuladas no peito da população sofrida com a má qualidade dos transportes e com a vida cotidiana cheia de adversidades e agora com a volta da carestia;
27) Um minuto de silêncio pelas duas vítimas fatais dessa verdadeira revolução que revolveu o país numa velocidade meteórica. Dona Cleonice Vieira de Morais de 51 anos, de Belém do Pará. Ela era hipertensa e não aguentou respirar o gás jogado pela polícia. E o jovem Marcos Delefrate de 18 anos atropelado por um empresário que investiu o carro contra os manifestantes ferindo 12 pessoas e matando o Marcos;
28) Final. Finalizo com uma segunda citação do professor Werneck Vianna: "As pessoas querem ser reconhecidas, querem que sua dignidade e identidade sejam respeitadas".
29) Portanto. Mais amor!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O falcão George W Bush

"Falcões" designa nos dias de hoje, aqueles que antigamente se identificavam com a figura do "guerreiro"; e "pombas", aqueles que antigamente se identificavam com a figura do "santo". Por que "santo"? certamente porque antigamente o guerreiro era uma figura de importância fundamental da sociedade. Os guerreiros eram os esteios, os suportes da sociedade, dotados de virtudes inerentes à sua condição - guerreiro era aquele que colocava sua vida em risco em prol da existência do grupo -. Guerreiro era sinônimo de coragem, para dizer o mínimo. E santo como sinônimo de adepto da paz ganhou esse sentido após o advento do cristianismo. Porque entre os pagãos havia até o "deus da guerra".
O fato é que não se usa mais o binômio "guerreiro" versus "santos"; agora é "falcões" contra "pombas".
Sendo que falcão é para satisfazer o cabotinismo dos que amam a guerra. Na verdade a etiqueta que melhor perspegaria neles seria a de ABUTRES! devido ao gosto pelos cadáveres.

O guerreiro de antanho se confundia com a figura do caçador, o mesmo homem que fazia a guerra saia para abater os animais que seriam deglutidos pelo grupo.
Guerreiros e caçadores eram figuras louváveis no tempo do arco e flecha, da lança e do tacape. Hoje em pleno Terceiro Milênio, no tempo das armas atômicas, das armas químicas e biológicas, essas figuras tornaram-se tão anacrônicas e ridículas quanto perigosas.
Nos dias de hoje o cidadão consciente precisa identificar esses mensageiros da morte para afastá-los do poder na hora de votar.
Agora mesmo George W Bush um notório representante do grupo dos abutres está brandindo com a ameaça de uma terceira guerra mundial para justificar uma invasão do Irã.
A ameaça mentirosa das "armas de destruição em massa" não colaria mais.
Está na hora de o povo americano dar um pontapé na bunda desse guerreiro ridículo, antes que o mundo tenha que se unir para fazer isso, uma solução que talvez não funcione mais posto que o Hitler dos dias de hoje conta com armas para destuir o planeta inteiro inúmeras vezes.